
Quando o vento muda
e as nuvens escurecem,
é um Deus nos acuda,
lá vem a tempestade.
Hora de tirar os barcos d´água,
procurar abrigo, quem sabe rezar.
Em algum momento, garanto,
tudo vai passar.
A árvore jaz morta na calçada,
com a base de seu tronco quebrada.
Não sei se foi o vento,
um veículo, até mesmo um raio.
Será que ela estava doente?
Teria sido vítima de uma violência gratuita?
Em uma cidade cercada pela Mata Atlântica,
mas onde, que ironia, poucas ruas são arborizadas,
a visão da árvore morta na calçada dói.
Muito!
*****
Sábado, dia 13 de outubro. Rua Dr. Barcellos, quase esquina com a rua Sara Braune, aqui nas Braunes, Nova Friburgo.
Na boa,
antes um casamento real,
do que uma briga à toa,
ou uma discussão surreal.
Concorda, pessoa?
Carlos Emerson Júnior
De repente a noite, irritada,
despeja uma chuva forte.
A cidade se encolhe, assustada:
que triste sorte.
Cronicidade,
sincronicidade,
assiduidade,
simultaneidade.
Alteridade,
cumplicidade,
reciprocidade,
serenidade.
Racionalidade?
Religiosidade?
Não,
simples humanidade.