
Vista assim, de longe, a cidade engana. Ou melhor, esse ângulo exuberante irremediavelmente nos leva para longe da realidade. Cidades podem ser maravilhosas em prosa e versos, em fotos e filmes. No entanto, será que resistem a um olhar bem atento? Um avião em baixa altitude sobrevoando quatro bairros residenciais antes de pousar, rugindo suas turbinas sem o menor pudor. As águas imundas e fétidas da enseada tão bonita. A crescente e desamparada população de rua, usando barcos abandonados e barracas nas praias para morar. A insegurança sempre presente, em qualquer lugar e a qualquer hora. Os ladrões que tomaram o poder e levaram tudo o que quiseram e puderam. Ah, meus caros, a cidade engana e como. E nós, reféns de lembranças de tempos melhores, apenas olhamos e murmuramos: pois é…
A cidade é inocente!
Os humanos supra citados: todos culpados!
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Incluindo nós, que não tomamos atitude alguma diante dessas barbaridades.
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Faltou o correto plural na frase acima!
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Não falta mais!
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E como engana! E eu, aqui do meu cantinho, pensando como fazer para sairmos dessa paralisia. Belo texto Carlos!
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Grato, Roseli. Não sei como sair dessa, minha amiga… Aliás, será que existe alguma saída? Um abração.
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