1) Fala de Maria Carlota Costallat de Macedo Soares, a Dona Lota, criadora do Parque do Flamengo, talvez o último grande espaço público feito no Rio. Carlos Lacerda, governador na época, conta: foi “a sua obra”. As cartas, os bilhetes, os apelos, as imprecações, tudo ela me fez com uma paixão belíssima, de quem se entrega totalmente a um ideal tangível o parque, as pessoas que não tinham aonde ir, as crianças na areia, a iluminação noturna, os brinquedos, a vastidão do jardim á beira mar, a beleza da cidade recuperada.
2) Mostra a paixão de um casal de mulheres, Dona Lota e a americana Elisabeth Bishop, uma das maiores poetisas do século passado na língua inglesa, de 1951 até 1965, quando se separaram. Arnaldo Jabour, em sua coluna, ressalta que “Bishop escreveu muitos poemas sobre o Brasil dos anos 1950 e 60, onde se vê, mesclada a uma irritação “calvinista” com nossas mazelas, uma profunda compaixão pelo desamparo social, um amor raríssimo pela fragilidade do povo, poucas vezes encontrado em poetas brasileiros.”
3) Dona Lota é interpretada em inglês por Glória Pires, no momento a maior atriz do cinema nacional.
Todos os cariocas tem uma eterna dívida de gratidão pela luta desta mulher para tirar do papel e construir o belíssimo Parque do Flamengo. Depois disso só vimos obras viárias como túneis, elevados, pontes e mergulhões. A cidade acabou sendo entregue aos políticos e aos automóveis.
Foto: Divulgação
Vi um clipe do filme, que parece muito bom mesmo. Valeu a dica, temos que procurar onde encontramos.
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Esse merece um cinema. Vou assistir assim que chegar no Rio, na segunda-feira mesmo.
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Assiti hoje. Vou te dizer, é algo muito bonito mesmo. Observe a delicada direção do Barreto (que não conhecia o trabalho). Tudo muito lindo, texto bom, música boa, e Gloria Pires arrasando. Vale ver. Valeu pelo toque.
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Legal, vou assistir na terça ou na quarta lá no Rio e posto minhas impressões. Valeu!
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